sexta-feira, 9 de abril de 2010

2+2=5



Semana passada, reassistindo ao clássico "1984" (George Orwell não poderia me deixar mais feliz pela escolha), e lendo o livro que carrega o mesmo título do filme, notei o quanto o livro em si já traz um intenso trânsito com as artes visuais.
Desse fértil trânsito, tanto na perspectiva analítico-interpretativa quanto na da reflexão teórica e metodológica sobre relações entre literatura e a sétima arte,
surge o grande dilema: 2+2=5?
O filme/livro mostra um mundo onde língua falada e escrita é deteriorada para garantir a ignorância e incapacidade de raciocínio e de crítica da população.
Destarte o "BIG BROTHER" (sim, exatamente, não é a toa que existe aquela bosta na GLOBO) determinava o significado e o povo simplesmente aceitava como uma verdade absoluta. A manipulação da linguagem na obra é mais que necessária para a alienação, pois se houvesse a “liberdade verbal” dos indivíduos, não seria possível controlar as idéias e desejos do povo; seria literalmente impossível acreditar que 2+2=5!

*Aconselho muito