domingo, 16 de maio de 2010

Entre Modigliani e Neruda



“Ahhhhhhh... Suspiran los que conocian Neruda
cuando escuchan su nombre. Es que era tan buen mozo”.
(Ahhhhhhh... Say people Who knew Neruda
when they hear his name. He was so handsome).

Neruda nem era tão bonito assim, mas sua alma era linda.
Talvez por isso quando eu penso nele, lembro de Modigliani:

“Quando conoscerò la tua anima ... Dipingerò i tuoi occhi”.
( When I’ll know your soul ... I will paint your eyes).

“Ela parece um quadro de Modigliani”;
“Veja, não é uma beleza midiática”;
e não é mesmo e fico feliz por isso,
ver a alma é muito melhor,
observar os olhos, mesmo quando eles estão fechados,
amar a alma, amar o silêncio.


Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Eu singular e o cinema plural


Há tempos dois olhos verdes me disseram:
“poizé, fui ao cinema e fui só! Imagine, eu singular e
o cinema plural”.
Achei genial, mas na hora só pude rir,
também não tivemos mais oportunidade de falar sobre isso,
nem sobre nada.
Fato é que indo, singularmente, ao cinema,
senti o impacto daquele comentário.
Porque tudo nos leva a não sairmos de casa,
tudo conspira para a praticidade de assistirmos um DVD
ou baixarmos o filme pela internet;
mas assim como acontece com o teatro,
algo ainda nos leva ao cinema.
E não é somente o filme, é algo maior:
é uma pluralidade de idéias,
um motivo pra uma reflexão compartilhada,
um encontro casual ou uma conversa dividida entre amigos
e amantes.
E meus olhos singulares, minha reflexão pessoal,
meu passeio solitário e minha conversa íntima
pode até ter prestado mais atenção no filme
do que os outros... Mas não tem a mesma graça.