sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A imaginação como artigo definido do Amor

Sabe,
é só mais uma data, mas é mais uma data
que todo mundo tenta chorar um pouco mais alto,
beber um pouco mais pra tentar esquecer a vida
vazia e mecânica que anda levando,
tentando não sentir inveja da felicidade dos outros
e depois embrulhar os presentes e distribuir...

Sei,
é ausente aquilo que esperamos, porque
sonhos são vazios se não realizamos antes
a parte que temos periférica, mas não vemos
em volta um amor sem embrulho, uma conversa,
 uma verdade cevada pelos dias, serões da vida.

Então pensei (pensamos) em uma coisa bela...
"dois caminhantes, uma neblina e a casa que
construímos" (eles - nós - vós) , todos reconstruindo
a grande mensagem, porque tudo aqui é amor,
e por ser assim tão simples torna-se complexo;
não, não gosto  (gostamos) porque todo mundo gosta
(ou diz que gosta), mas porque é belo e porque
nunca vou conseguir conjugar o verbo amar se não
for assim:


nos pronomes íntimos (eu, tu, nós)
conjugar felicidade como verbo e
a imaginação como artigo definido
do Amor.




^^A todos os nossos amigos;

Feliz natal!

                                                         Mara e Bruno.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Contando os cinco dias que faltam com Bethânia

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte mais feliz, quem sabe
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei
E nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu sou
Estrada eu vou
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso chuva para florir
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz ... E ser feliz

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Quando Roberto Drummond toma o coração da pessoa ...



E eu comecei a contar o tempo que faltava...

"Às vezes Isabel desaparecia como se tivesse viajado para longe
do Brasil,eu parava diante da Sloper,ficava olhando uma manequim
de vitrine que usava camisola de lingerie como a Ava Garder,hoje
eu sei porque tantos homens paravam e olhavam...

Isabel sempre foi estranha: colecionava receitas de Hong Kong,
era a favor dos estados Unidos na América latina e contra os
Estados Unidos no Vietnã,chamava Fidel Castro de cortador de
cana do Caribe e bastava falar em Che Guevara para ficar com
um cisco nos olhos e querer morrer na selva da Bolívia usando
o nome de guerra de Tânia"

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pelo jeito os ingleses nunca leram Gabriel García Márquez!


Porque Amor, Sexo e Diversão não tem idade porra!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Automat


Uma mulher se senta sozinha com uma xícara de café...

Sim... Eu também me sento sozinha com uma xícara
de café, enquanto fico me imaginando lá dentro
dos ambientes de Hopper com aqueles olhares
distantes, criando aquelas situações: o observador
supondo as consequências. Nós só podemos imaginar
se a cadeira vazia em frente a ela significa que
ela está esperando alguém ou dividiria sua
cadeira com qualquer um que entrar.

domingo, 25 de julho de 2010

Bonnie and Clyde


Fotos: Carol de Andrade

A razão delira, fantasia-se de cínica,
baila ao ritmo dos jogos de linguagem.
Nesse mar revolto, muitos se apegam às
"irracionalidades" do passado,
à religiosidade sem teologia,
à xenofobia, ao consumismo desenfreado,
às emoções sem perspectivas...
E nós conduzimos nossas esperanças
entre as rajadas de balas das desilusões.

domingo, 16 de maio de 2010

Entre Modigliani e Neruda



“Ahhhhhhh... Suspiran los que conocian Neruda
cuando escuchan su nombre. Es que era tan buen mozo”.
(Ahhhhhhh... Say people Who knew Neruda
when they hear his name. He was so handsome).

Neruda nem era tão bonito assim, mas sua alma era linda.
Talvez por isso quando eu penso nele, lembro de Modigliani:

“Quando conoscerò la tua anima ... Dipingerò i tuoi occhi”.
( When I’ll know your soul ... I will paint your eyes).

“Ela parece um quadro de Modigliani”;
“Veja, não é uma beleza midiática”;
e não é mesmo e fico feliz por isso,
ver a alma é muito melhor,
observar os olhos, mesmo quando eles estão fechados,
amar a alma, amar o silêncio.


Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Eu singular e o cinema plural


Há tempos dois olhos verdes me disseram:
“poizé, fui ao cinema e fui só! Imagine, eu singular e
o cinema plural”.
Achei genial, mas na hora só pude rir,
também não tivemos mais oportunidade de falar sobre isso,
nem sobre nada.
Fato é que indo, singularmente, ao cinema,
senti o impacto daquele comentário.
Porque tudo nos leva a não sairmos de casa,
tudo conspira para a praticidade de assistirmos um DVD
ou baixarmos o filme pela internet;
mas assim como acontece com o teatro,
algo ainda nos leva ao cinema.
E não é somente o filme, é algo maior:
é uma pluralidade de idéias,
um motivo pra uma reflexão compartilhada,
um encontro casual ou uma conversa dividida entre amigos
e amantes.
E meus olhos singulares, minha reflexão pessoal,
meu passeio solitário e minha conversa íntima
pode até ter prestado mais atenção no filme
do que os outros... Mas não tem a mesma graça.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

2+2=5



Semana passada, reassistindo ao clássico "1984" (George Orwell não poderia me deixar mais feliz pela escolha), e lendo o livro que carrega o mesmo título do filme, notei o quanto o livro em si já traz um intenso trânsito com as artes visuais.
Desse fértil trânsito, tanto na perspectiva analítico-interpretativa quanto na da reflexão teórica e metodológica sobre relações entre literatura e a sétima arte,
surge o grande dilema: 2+2=5?
O filme/livro mostra um mundo onde língua falada e escrita é deteriorada para garantir a ignorância e incapacidade de raciocínio e de crítica da população.
Destarte o "BIG BROTHER" (sim, exatamente, não é a toa que existe aquela bosta na GLOBO) determinava o significado e o povo simplesmente aceitava como uma verdade absoluta. A manipulação da linguagem na obra é mais que necessária para a alienação, pois se houvesse a “liberdade verbal” dos indivíduos, não seria possível controlar as idéias e desejos do povo; seria literalmente impossível acreditar que 2+2=5!

*Aconselho muito

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

OK COMPUTER

After so many years listening to the same album,
I took a look around and realized that everyone needs a "fake life"!
Yes, Tom York was right!
When I think about: TWITTER, MYSPACE, FOTOLOG, BADOO, FACEBOOK, and many others
networking sites around the world, you realize why there are so many people with serious problems to fill their loneliness.
So I get home, sit in front of my machine and I say:
"OK, Computer" ... You win! "
Yes, it is! Otherwise I wouldn't be writing this here, in a BLOG and post in the "MSN"!
Being part of this doesn't mean that you're a "Fake person",
but make your life a video clip of LADY GAGA and pretend to the world that you're the most beautiful and attractive person on the planet,
never finding someone without first checking her life in ORKUT (Brazilians love, and yes, I also have one!) making up their lives to show always be (always)
better than it really is
will not make you better than anyone.
Or you breathe real life or you take your computer to the bed and have sex with him!