"Mês passado fui praquele simpósio de contadores de histórias no Rio, que te falei. Fiz uma oficina com uma portuguesa e uma das histórias que ela contou veio de um livro infantil português. enquanto ela contava e passava as páginas do livro, eu ia afundando cada vez mais na cadeira, morrendo de chorar. eu só me lembrava do meu pai, cada vez mais magrinho, mais irreconhecível, e eu só tinha cada vez mais certeza de que a primeira coisa que eu iria fazer quando descobrisse que seria mãe seria ir na livraria comprar esse livro pra dar pro pai do meu bebê. Então eu queria dividir este carinho todo contigo, pra você dividir com Bruno, e mesmo com seu pai, porque sei da sua imensa admiração pelo seu Daniel, e porque não haveria momento mais propício. ei-lo":
Sempre que escutava essa música me via como a filha, por isso nunca senti a dor contida nos olhos que aprendi a admirar, não sentia o peso da expressão "Je rentrerai chez nous où tu ne seras pas" ...
E agora me imagino sentada como ele, sentindo o ciclo se renovando, mas ao contrário de Aznavour, serei a mãe cantando " Je sais qu'un jour viendra, car la vie le commande, ce jour que j'appréende ou tu nous quiterras".
Je sais qu'un jour viendra,
Car la vie le commande, Ce jour que j'appréende, Ou tu nous quiterras, Je sais qu'un jour viendra Ou triste et solitaire, En soutenant ta mère, Et en traînant mes pas, Je rentrerai chez nous, Dans un chez nous désert, Je rentrerai chez nous, Ou tu ne seras pas. Toi tu ne verras rien, Des choses de mon coeur, Tes yeux seront crevés de joie, Et de bonheur, Et j'aurais un rectus, Que tu ne connais pas, Qui semble être un sourire, Emu, mais ne l'est pas, En taisant ma douleur, A ton bras fièrement, Je guiderais tes pas, Quoi que j'en pense ou dise, Dans le recueillement d'une paisible église, Pour aller te donner à l'homme de ton choix, Qui te dévétira du nom qui est le notre, Pour t'en donner un autre que tu ne connais pas, Je sais qu'un jour viendra, Tu atteindras cet âge, Ou l'on force les cages, Ayant trouvé sa voie, Je sais qu'un jour viendra, L'âge t'auras fleurie, Et l'aube de ta vie, Ailleurs, se lèvera. Et seul, avec ta mère, Le jour comme la nuit, L'été comme l'hiver, Nous aurons un peu froid. Et lui qui ne sait rien du mal qu'on s'est donné, Lui, qui n'aura rien fait pour murrir tes années, Lui qui viendra voler, Ce dont j'ai le plus peur, Notre part de passé, Notre part de bonheur. Cet étranger sans nom, sans visage, Oh combien je le hais, Et pourtant, S'il doit de rendre heureuse, Je n'aurais envers lui nulle pensée haineuse, Mais je lui offrirais mon coeur avec ta main, Je ferais tout cela, en sachant que tu l'aimes, Simplement car je t'aime le jour, Ou il viendra.
Com sol e chuva você sonhava
Que ia ser melhor depois
Você queria ser o grande herói das estradas
Tudo que você queria ser...
Sei um segredo você tem medo
Só pensa agora em voltar
Não fala mais na bota e do anel de Zapata
Tudo que você devia ser sem medo...
Tudo que você podia ser na estrada
Sol e chuva na sua estrada
Mas não importa não faz mal
Você ainda pensa e é melhor do que nada
Tudo que você consegue ser ou nada...
A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.
"Desde já quero deixar os parabéns para você.
Comecei a gostar do "Français", depois de presenciar as suas aulas. Vejo que você é apaixonada pelo que faz... Estou amando conhecer outra cultura-literatura, filmes, arte francesa. Não falo isso para ganhar "pontos" com você, apenas quero dizer que sou grato pelo seu esforço como professora, sei que é uma tarefa difícil, mas posso garantir que você está fazendo um belíssimo trabalho. Mais uma vez parabéns.
Se todas as tuas noites fossem minhas
Eu te daria, Dionísio, a cada dia
Uma pequena caixa de palavras
Coisa que me foi dada, sigilosa
E com a dádiva nas mãos tu poderias
Compor incendiado a tua canção
E fazer de mim mesma, melodia.
Se todos os teus dias fossem meus
Eu te daria, Dionísio, a cada noite
O meu tempo lunar, transfigurado e rubro
E agudo se faria o gozo teu.
(Hilda Hilst)