quarta-feira, 12 de maio de 2010

Eu singular e o cinema plural


Há tempos dois olhos verdes me disseram:
“poizé, fui ao cinema e fui só! Imagine, eu singular e
o cinema plural”.
Achei genial, mas na hora só pude rir,
também não tivemos mais oportunidade de falar sobre isso,
nem sobre nada.
Fato é que indo, singularmente, ao cinema,
senti o impacto daquele comentário.
Porque tudo nos leva a não sairmos de casa,
tudo conspira para a praticidade de assistirmos um DVD
ou baixarmos o filme pela internet;
mas assim como acontece com o teatro,
algo ainda nos leva ao cinema.
E não é somente o filme, é algo maior:
é uma pluralidade de idéias,
um motivo pra uma reflexão compartilhada,
um encontro casual ou uma conversa dividida entre amigos
e amantes.
E meus olhos singulares, minha reflexão pessoal,
meu passeio solitário e minha conversa íntima
pode até ter prestado mais atenção no filme
do que os outros... Mas não tem a mesma graça.

4 comentários:

  1. Gostei do texto, mas não me permito tecer comentários de alta seriedade. Portanto, digo: porra de cinema, alguns anos mais tarde vai passar de graça na Sessão da Tarde mesmo.

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  2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    gostei, vc escreve muito bem moça.

    OBS: A risada é por que eu estou sacando os blogs da lista do caju, até agora não achei nenhum capenga. fuiii

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  3. Mas existe singularidade no cinema?
    Não é o cinema, por excelência, a manifestação artística capaz de destruir o singular?
    Tenho que parar de ler Benjamin?


    Pra mim vc que não passa de uma singularidade plural. :P

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  4. HAHAHA, Boa Mãozinha;
    mas o singular a que me refiro não
    é o cinema em si, mas a uma pessoa
    em especial(ou nós antes de entrarmos nele)

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