sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A imaginação como artigo definido do Amor

Sabe,
é só mais uma data, mas é mais uma data
que todo mundo tenta chorar um pouco mais alto,
beber um pouco mais pra tentar esquecer a vida
vazia e mecânica que anda levando,
tentando não sentir inveja da felicidade dos outros
e depois embrulhar os presentes e distribuir...

Sei,
é ausente aquilo que esperamos, porque
sonhos são vazios se não realizamos antes
a parte que temos periférica, mas não vemos
em volta um amor sem embrulho, uma conversa,
 uma verdade cevada pelos dias, serões da vida.

Então pensei (pensamos) em uma coisa bela...
"dois caminhantes, uma neblina e a casa que
construímos" (eles - nós - vós) , todos reconstruindo
a grande mensagem, porque tudo aqui é amor,
e por ser assim tão simples torna-se complexo;
não, não gosto  (gostamos) porque todo mundo gosta
(ou diz que gosta), mas porque é belo e porque
nunca vou conseguir conjugar o verbo amar se não
for assim:


nos pronomes íntimos (eu, tu, nós)
conjugar felicidade como verbo e
a imaginação como artigo definido
do Amor.




^^A todos os nossos amigos;

Feliz natal!

                                                         Mara e Bruno.

2 comentários:

  1. Eu mermo nunca conjuguei a felicidade em pretérito nenhum.

    ResponderExcluir
  2. Afinal não existe tal coisa como pretérito perfeito. Nem futuro do pretérito. Há somente um "presente necessariamente mais que perfeito irremediável".

    ResponderExcluir